(Foto: Reprodução) Sabe aqueles dias em que o cansaço está no ápice e, com mil tarefas para fazer, você ainda precisa entregar aquele relatório? O ânimo passa longe. Nesse momento, você até começa a ensaiar mentalmente uma justificativa para dar ao chefe - ou a quem quer que seja - para conseguir mais alguns dias e, assim, ganhar um fôlego. Entretanto, quando se lembra do que está em jogo – uma recompensa, reconhecimento ou o desejo de crescer –, algo desperta dentro de você, e a energia é restaurada. O nome disso é motivação.
A motivação, ao contrário do que muitos imaginam, não surge apenas em situações que envolvem grandes projetos ou metas. Ela também está presente no nosso cotidiano, sem que percebamos: como quando saímos para caminhar em vez de ficar no celular, resistimos à compra de algo porque precisamos economizar ou persistimos em manter uma alimentação equilibrada.
O fato é que nos movemos por algum motivo. Contudo, saber disso não explica tudo. É preciso muita disciplina, e nem sempre a motivação vai dar as caras - e está tudo bem. Ninguém é motivado o tempo todo. É justamente aqui que entra um ponto importante, que faz a diferença entre desafiar-se ou estagnar: a motivação está diretamente ligada ao nosso sistema de crenças, à maneira como nos percebemos e ao quanto acreditamos em nossas capacidades.
Por isso, é fundamental prestar atenção em si mesmo, em como nos sentimos, observar nossos pensamentos e reações diante das situações. É preciso reconhecer os próprios limites - e o que podemos fazer para superá-los -, mas também valorizar nossas forças, muitas vezes minimizadas, para manter o foco e não nos desviarmos do que realmente importa.
A motivação é construída a partir de pequenas – e persistentes - atitudes diárias. Por isso, o primeiro passo é ter clareza dos próprios objetivos, estabelecer metas e ter muita paciência. Sim, porque, nessa trajetória, surgirão diversos obstáculos. E, numa sociedade imediatista, em que tudo pede resultados instantâneos, lidar com as frustrações e manter o foco é quase um ato de resistência.
Sendo assim, em vez de focar apenas no resultado final, divida o objetivo em etapas, pois quando cada uma delas é alcançada, alimenta a motivação e reforça a sensação de progresso. Não existe um modelo, pois depende do momento de vida que estamos inseridos.
Mas uma coisa é certa: vai bater a preguiça, o medo, o desânimo. Faz parte do processo. Mas também virá a sensação de dever cumprido. E, caso o desejo inicial não se concretize exatamente como imaginado, a ação em si já traz algo valioso: crescimento pessoal. E isso, por si só, é uma grande recompensa. Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga